Com a proposta de conectar milhares de trabalhadores ao mercado formal, o Governo de Minas Gerais realiza, na próxima terça-feira (10 de junho), uma nova edição do Feirão de Empregos. A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), ocupará o Centro de Referência das Juventudes (CRJ), no centro de Belo Horizonte, das 9h às 16h. Mais de 8 mil vagas estarão disponíveis, em um esforço conjunto para gerar renda e fomentar a retomada econômica.
A magnitude do evento é expressiva: 70 empresas confirmaram presença, com oportunidades distribuídas entre os setores de comércio, serviços, construção civil e indústria. Também estão previstas vagas afirmativas para pessoas com deficiência, num movimento que reflete o compromisso do Estado com a promoção da diversidade e da inclusão no mundo do trabalho.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Social, Alê Portela, o feirão é mais do que um mutirão de recolocação profissional. Ele representa uma política pública de o ao trabalho.
“Nosso objetivo é garantir que os trabalhadores do estado tenham o às oportunidades e estejam inseridos no mercado. Minas tem gerado cada vez mais empregos, e, com o feirão, vamos aproximar as pessoas das vagas disponíveis”, afirmou Portela.
Serviços além do emprego: inclusão, qualificação e cidadania 6l2560
Diferentemente de outras ações pontuais de empregabilidade, o feirão vai além da simples intermediação de vagas. A proposta envolve uma estrutura ampla de serviços gratuitos que apoiam desde a preparação até o fortalecimento da autoestima dos candidatos.
O Sistema Nacional de Emprego (Sine) estará no local com atendimento completo: cadastro de currículos, orientação sobre benefícios como o seguro-desemprego e auxílio na emissão da Carteira de Trabalho Digital.
Outra frente importante será a qualificação. Por meio do programa Minas Forma, em parceria com o Senac Minas, os participantes poderão se inscrever em cursos profissionalizantes gratuitos. Haverá rodas de conversa sobre carreira, orientação vocacional e encaminhamentos para formações em áreas de alta demanda no mercado.
A iniciativa também terá um varal solidário feminino, com doação de roupas sociais apropriadas para entrevistas, e serviços de beleza oferecidos gratuitamente pelo Sistema Divina Providência, como cortes de cabelo — recursos que, embora simbólicos, podem fazer a diferença na apresentação pessoal de quem busca o primeiro emprego ou a reinserção no mercado.
Além disso, haverá emissão da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), ação que reforça o caráter inclusivo e multissetorial do evento.
Crescimento expressivo em relação à edição anterior 5f2e5
A primeira edição do Feirão de Empregos, realizada em junho de 2024, contou com 3.600 vagas e encaminhou cerca de 1.200 pessoas para processos seletivos. Neste ano, com mais que o dobro de oportunidades ofertadas, a expectativa é de um impacto ainda maior: a Sedese estima que cerca de 1.500 pessoas compareçam ao evento, número que pode ser superado diante da crescente demanda por recolocação profissional.
A ação ocorre em um momento de recuperação do mercado de trabalho em Minas Gerais, que, segundo dados recentes do Caged, tem registrado saldos positivos na geração de empregos formais, sobretudo em setores como serviços e indústria. Com isso, o feirão funciona como uma ferramenta de articulação entre oferta e demanda, facilitando o o a empregos que, muitas vezes, não estão ao alcance de trabalhadores em situação de vulnerabilidade social.
Articulação institucional e capilaridade 39c27
Para viabilizar a estrutura do evento, a Sedese conta com parcerias estratégicas. Estão envolvidos na realização a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), o Senac Minas, a Agência de Desenvolvimento Econômico e Social dos Inconfidentes e Alto Paraopeba (Adesiap) e o Sistema Divina Providência.
Essas instituições não apenas colaboram com a organização, mas integram a proposta pedagógica e assistencial do feirão, que articula governo, iniciativa privada e terceiro setor em prol da empregabilidade e da dignidade.
O local escolhido, o CRJ – Centro de Referência das Juventudes, não é aleatório: além de sua localização estratégica no centro de Belo Horizonte, ele funciona como um espaço de acolhimento, formação e protagonismo para a juventude mineira — um dos públicos mais afetados pela informalidade e pelo desemprego.