Quarta-feira, quatro de abril, dia de futebol com partidas pela Champions League, Libertadores, Copa do Brasil, grandes jogos, um prato cheio para os amantes de futebol. E dentre os jogos mais esperados do dia estavam dois clássicos nacionais: Liverpool x Manchester City, pela Champions e Cruzeiro x Vasco, pela Libertadores da América. Eu como cruzeirense e apaixonado por futebol já acordei na expectativa de assistir às duas partidas e ei o dia esperando chegar a hora delas.
Mas após assistir a magnífica atuação do Liverpool e depois a preguiçosa partida do Cruzeiro posso dizer que o que senti foi vergonha. O time de Jürgen Klopp usou o fator casa para pressionar, intimidar e acuar o superior e milionário Manchester City. A equipe de Pep Guardiola não tinha tranquilidade alguma para impor seu hipnotizante toque de bola e no menor descuido o Liverpool roubava a bola e partia para o ataque como um raio. Fulminante e letal o Liverpool já tinha 3 a 0 a favor no placar com 30 minutos de jogo. No segundo tempo, como era de se esperar, o Liverpool diminuiu o ritmo, muito pelo desgaste causado pela marcação pressão imposta durante o jogo e também pela perda de seu principal jogador, Mohamed Salah, que saiu lesionado.
Já no sonolento jogo da noite entre Cruzeiro e Vasco, se viu o oposto. A equipe celeste, jogando em casa e precisando do resultado, jogou como um time de másters de bairro. Lentidão na marcação, frouxidão nas tentativas de desarme e um time totalmente apático foi o que se viu do lado azul contra um limitadíssimo Vasco da Gama, time composto por refugos do próprio Cruzeiro. Laterais que mais atrapalhavam que ajudavam, meias letárgicos na movimentação e no e e um ataque totalmente apático e pouco inspirado causavam ânsias no torcedor que acompanhara o jogo europeu de mais cedo. A atuação do Liverpool, com a inteligência de seu treinador e dedicação dos seus jogadores foi uma aula de bola. Já o que Mano Menezes, Rafinha, Egídio e companhia fizeram pode ser chamado de um caso clássico de anti-futebol.

Se domingo não conseguirem ser bons tecnicamente, se entreguem, lutem, se dediquem, o torcedor merece. E Mano, como diz a música do System of a Down: “Quando você perde a mente limitada, você liberta sua vida”.
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Maic Costa nasceu em Ipatinga, mas se radicou na Região dos Inconfidentes mineiros. Formado em Jornalismo na UFOP, em 2019, ou por Estado de Minas, Superesportes, Esporte News Mundo, Food Service News e Mais Minas. Atualmente, é setorista do Cruzeiro na Trivela.