Um vídeo que circula nas redes sociais chamou atenção dos fãs da franquia Shrek e dos internautas brasileiros. Durante uma visita ao Universal Studios, em Orlando (EUA), um grupo de turistas do Brasil foi surpreendido com uma piada inusitada feita pelo personagem Burro (Donkey), conhecido por seu humor ácido.
Na gravação, o boneco animatrônico — que interage com o público em tempo real — pergunta aos visitantes de onde eles são. Ao saber que o grupo é de Curitiba, no Paraná, o personagem responde com bom humor: “Ah, isso é Sul? Sei onde fica. Tem muitos burros lá. Muitos burros mesmo!”, antes de convidá-los para uma foto.
A frase, dita em tom de brincadeira, rapidamente se espalhou pela internet e gerou reações mistas. Alguns usuários encararam a fala como parte do estilo brincalhão do personagem, famoso por suas piadas fora do tom. Outros, no entanto, consideraram o comentário desrespeitoso, interpretando a menção como um estereótipo ofensivo à população do Sul do Brasil.
A situação reacendeu discussões sobre o limite do humor, especialmente quando envolvem estereótipos nacionais ou regionais. Ainda que a fala tenha sido feita por um personagem fictício, ela levanta um debate real: até que ponto o entretenimento pode flertar com a provocação sem ultraar a linha do respeito?
João Paulo Silva, nascido em Barueri/SP e bacharel em Letras pela Universidade Estácio de Sá, pós-graduado em Revisão de Texto e em Linguística e Análise do Discurso. Contato: [email protected]
